O plantio de soja na safra 2018/2019 no Brasil atingia até quinta-feira, dia 22, 89% da área prevista de 35,8 milhões de hectares, segundo a consultoria AgRural, representando um avanço de 11 pontos percentuais em uma semana. Um ano atrás, 84% da área estava semeada. A média de cinco anos é de 78%. Graças a condições climáticas favoráveis em praticamente todo o país, o plantio da atual safra é o mais rápido da história.
Em Mato Grosso, o plantio está praticamente encerrado (99,5%) e as lavouras se desenvolvem bem, favorecidas pela combinação de chuvas frequentes e aberturas de sol. No médio-norte e no oeste, as áreas plantadas mais cedo estão entrando em enchimento de grãos e devem estar prontas para a colheita antes do fim de dezembro.
Em Mato Grosso do Sul, os produtores aproveitaram o tempo predominantemente firme e a boa umidade do solo para encerrar o plantio. Os produtores continuam otimistas com a safra.
Em Goiás, 98% da área está plantada, ante 90% um ano atrás. No sudoeste, onde o plantio já está finalizado e as chuvas têm garantido boa umidade, alguns produtores esperam começar a colher em 10 de janeiro.
No Paraná, o plantio da soja alcançou 95% da área – pouco abaixo de 96% de um ano atrás. O temor dos produtores em relação ao tempo mais seco diminuiu, já que as chuvas contrariaram as previsões e chegaram em maiores volumes ao estado, devolvendo umidade ao solo. A manutenção dessa umidade foi favorecida nos últimos dias pelas temperaturas amenas e baixa incidência de ventos.
As lavouras se desenvolvem bem, mas agora há certa preocupação justamente por causa da queda das temperaturas, que pode resultar em desenvolvimento mais lento das plantas.
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No outro extremo do país, o plantio manteve-se em bom ritmo no Matopiba (acrônimo formado com as iniciais dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia), que continua à frente do ano passado. Mesmo com pouca chuva, a previsão de grandes volumes para a virada do mês fez parte dos produtores acelerar os trabalhos.
Algumas áreas, entretanto, já sentem os efeitos da falta de chuva, especialmente no Tocantins e no Piauí, e precisam de mais umidade com urgência. Até quinta, dia 22, 60% da área estava semeada no Maranhão, 62% no Tocantins, 35% no Piauí e 89% na Bahia.
Nas demais áreas produtoras do país, o plantio atingiu 77% da área no Rio Grande do Sul, 81% em Santa Catarina, 100% em São Paulo, 94% em Minas Gerais, 95% em Rondônia e 26% no Pará.
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