A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja volta a mostrar força nesta sexta-feira (7), com o grão rompendo a barreira de US$ 14 por bushel e o farelo se aproximando de US$ 425 por tonelada.
A oleaginosa reflete o clima adverso para as lavouras da América do Sul, com destaque para as previsões que apontam tempo seco na Argentina nas próximas semanas. “Se o clima continuar ruim, a tendência é os contratos do grão e farelo continuarem avançando para patamares mais elevados”, aposta o analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque. “Os próximos objetivos são US$ 14,50/bushel na soja em grão e US$ 440/tonelada no farelo nas posições março/22”, destaca.
Segundo o analista, apenas uma grande mudança climática pode mudar esta tendência. “Diante desse cenário, atenção para o travamento de compras para soja, farelo e óleo”, frisa.
Comercialização 20/21
A comercialização da safra 2020/21 de soja do Brasil envolve 95% da produção projetada, conforme relatório da consultoria, com dados recolhidos até esta sexta-feira. No relatório anterior, com dados de 10 de dezembro, o número era de 93,6%.
Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 99,9% e a média de cinco anos para o período é de 97,8%. Levando-se em conta uma safra estimada em 137,304 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 130,454 milhões de toneladas.
Safra de soja 2021/22
As vendas antecipadas da safra 2021/22 estão atrasadas na comparação com o ano passado e na média de cinco anos, estimada em 36,5%, envolvendo 52,800 milhões de toneladas. No início de dezembro, o número era de 32,5%
Em igual período do ano passado, o número era de 57,7% e a média dos últimos cinco anos é de 40,2%.
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