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Compostagem transforma lixo orgânico em fertilizante natural

Compostagem transforma lixo orgânico em fertilizante natural

Destinar matéria orgânica residual para a compostagem é uma prática sustentável e inteligente, pois permite a transformação do lixo orgânico em um poderoso fertilizante para o solo e as plantas.
De acordo com as informações da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, adotar posturas que impactam menos o meio ambiente é o que tem motivado uma equipe de professores e funcionários do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), vinculado à Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), a conduzir importante trabalho de reciclagem de resíduos orgânicos, oriundos da área verde do instituto, a fim de devolvê-los para a natureza em forma de nutrientes para o solo.

Diariamente, as atividades de jardinagem e capina dos mais de 40 mil m² de área verde do ILCT geram um volume muito extenso de resíduos orgânicos (biomassa), como folhas, cascas e podas de árvores. Pensando nisso, a equipe elaborou um projeto de implementação de uma unidade de compostagem para a organização e tratamento desse material orgânico.

Além disso, nessa técnica, a decomposição é feita por meio da ação de microrganismos e gera, ao fim do ciclo, um composto orgânico muito eficaz, que pode ser utilizado como fertilizante em qualquer tipo de plantação, como hortas, jardins, pomares, no cultivo de plantas domésticas, entre outros. As ações no Instituto tiveram início entre os meses de maio e junho do ano passado.

“A compostagem melhora as características físicas, químicas e biológicas do solo. As vantagens são infinitas, pois, ao invés de mandarmos esse material para um aterro sanitário, como era feito anteriormente, reciclamos e o devolvemos para o solo”, explica Claudety Saraiva, professora-pesquisadora do ILCT e coordenadora do projeto. Segundo ela, todos os profissionais do Instituto têm se engajado em separar o lixo e auxiliar no processo de organização dos resíduos.

“E isso inclui até borras de café, que são separadas e destinadas às leiras de compostagem, contribuindo para o processo e qualidade do composto final”, comemora a professora. A equipe do ILCT-Epamig recebeu suporte técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) para a elaboração do projeto, bem como para a implementação inicial da unidade de compostagem.

O passo-a-passo se dá da seguinte forma: após o serviço de jardinagem, capina e poda das árvores, o funcionário responsável leva o material para a unidade de compostagem e o local onde as leiras serão formadas é forrado com folhas de palmeiras e outros materiais consideradas mais “grosseiros”, para melhorar a aeração do sistema. Em seguida, ele alterna camadas de material vegetal dos resíduos com camadas de esterco bovino seco, para aumentar a concentração de nitrogênio.

“O material vegetal oriundo da jardinagem é muito rico em carbono, mas pobre em nitrogênio, por isso é preciso suplementar, pois sem esse equilíbrio não há a produção do composto desejado”, detalha Claudety Saraiva.

É necessário um manejo constante das leiras, que chegam a ter altura de um metro, mas perdem aproximadamente cerca de 60% do seu volume inicial quando a compostagem está finalizada. Como é um processo natural e biológico, é importante controlar os fatores que interferem no processo como temperatura, umidade, aeração e relação carbono e nitrogênio da biomassa.

 

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