Na safra 2021/2022, as irregularidades climáticas registradas durante o desenvolvimento das plantas, com longa estiagem, oscilação de chuvas e ocorrência de geadas, tiveram grande impacto sobre o rendimento da cana-de-açúcar nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.
A quantificação desse impacto trouxe nova redução nas estimativas da safra paulista de cana-de-açúcar no último levantamento da Conab. Para esta temporada, a produção foi reavaliada em 287,4 milhões de toneladas, indicando queda de 3,8% em comparação ao levantamento anterior e redução de 18,9% frente ao volume colhido na última safra.
O potencial produtivo da cana-de-açúcar foi bastante prejudicado, caindo de 79.719 kg/ha para 68.369 kg/ha (queda de 14,2% em relação à safra passada). Nesta temporada, houve também redução na área colhida, principalmente em razão da substituição de áreas de cana-de-açúcar por cultivos de grãos, que se mostraram mais atrativos. Diante disso, a área colhida nesta safra totalizou 4,2 milhões de hectares, redução de 5,4% frente ao ciclo anterior.
Com o menor rendimento da cana-de-açúcar, as produções de açúcar e etanol também foram menores. Para esta safra, a estimativa é de que sejam destinadas 150,24 milhões de toneladas para a produção de açúcar (-19,3%) e 137,2 milhões de toneladas para a produção de etanol (-18,4%).
Estima-se uma produção de 19,9 milhões de toneladas de açúcar (queda de 23,8% em comparação à última safra) e de 11,05 bilhões de litros de etanol (redução de 23,2% frente à produção do combustível na temporada anterior).
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