O Brasil ainda está à espera de um posicionamento da China sobre o embargo às exportações de carne bovina, que estão suspensas desde o dia 4 de setembro. Em entrevista ao Rural Notícias, o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias destacou a situação do mercado pecuário após a restrição das vendas externas.
“O embargo trouxe vários transtornos. Os preços do boi gordo desabam neste momento e os frigoríficos testem preços cada vez mais baixos diante do cenário. Nos estoques, os frigoríficos trabalham com câmaras lotadas, aguardando uma posição da China para ter seu destino. Além disso, as agroindústrias vinham remanejando suas escalas de abate, antes do embargo, quando o boi estava valorizado, aguardando a volta dos embarques, o que não aconteceu”, avalia.
Além das indústrias, a suspensão das vendas de carne bovina para a China atinge em cheio os pecuaristas. “Para eles o cenário também é ruim. A margem caiu entre os confinadores, com custos de nutrição cada vez mais elevados. Para piorar, o cenário de chuva no Centro-Sul dificulta o manejo do animal no confinamento”, complementa.
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